Imprimir Resumo


Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 692-1

692-1

AVALIAÇÃO ANTIBACTERIANA E ANTIPROTOZOÁRIA DE EXTRATOS DE Schinus weinmanniifolia Mart. ex Engl.

Autores:
João Víctor de Andrade dos Santos (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Cleison da Rocha Leite (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Adriana Araújo de Almeida Apolonio (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Fabiana Gomes da Silva Dantas (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Pamella Fukuda de Castilho (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Fernanda Galvão (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Stéfani de Oliveira Rosa (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; José Irlan da Silva Santos (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Andréia Sangalli (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; José Eduardo Souza Echeverria (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Diana Liz Jimenez Rolão (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Aline dos Santos Garcia Gomes (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Rhagner Bonono (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Kelly Mari Pires de Oliveira (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS)

Resumo:
Schinus weinmanniifolia Mart. ex Engl., é uma planta frequentemente encontrada nos biomas das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, que apresenta uma característica que a difere das demais espécies do gênero Schinus L., a presença de um xilopódio que garante o acúmulo de reservas que contribuem para a sua sobrevivência em regiões desfavoráveis de nutrientes e com alta incidência de queimadas, como o cerrado, o que pode favorecer a síntese de diferentes metabólitos secundários. Considerando o seu cenário de desenvolvimento, essa espécie pode ser uma fonte de compostos bioativos ainda não investigados, devido à ausência de trabalhos científicos sobre a mesma. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antibacteriano e antiprotozoário dos extratos etanólicos do caule (EEC) e raiz (EER) de S. weinmanniifolia. A atividade antibacteriana foi determinada por meio da concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM) utilizando o método de microdiluição em caldo frente Bacillus cereus (ATCC 11778), Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228), Staphylococcus saprophyticus (ATCC BAA 750), Salmonella Typhimurium (ATCC 14028) e Klebsiella pneumoniae (ATCC 13883). As concentrações avaliadas dos extratos foram de 0,24 a 1000 μg/mL. A atividade antiprotozoária também foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo, com concentrações de 0,24 a 250 μg/mL frente Trypanosoma cruzi CL Brener (COLPROT 005), Leishmania amazonensis (MHOM/BR/77/LTB0016) e Acanthamoeba castellanii (COLPROT 928). Os extratos etanólicos do caule e raiz de S. weinmanniifolia indicaram potencial antibacteriano para os microrganismos Gram-positivos, com valores de CIM de 125 a 250 μg/mL, e CBM de 1000 μg/mL para S. epidermidis. Para as bactérias Gram-negativas ambos extratos apresentaram CIM >1000 μg/mL. Os extratos não apresentaram atividade inibitória em relação aos protozoários analisados. Esses resultados podem estar relacionados com a diferença estrutural desses microrganismos. Bactérias Gram-positivas apresentam uma espessa camada de peptideoglicano em sua parede celular, ao contrário das Gram-negativas que, além de possuir uma fina camada de peptideoglicano apresentam uma membrana externa. Em contrapartida, os protozoários analisados possuem estruturas especificas e complexas que dificultam a ação de agentes externos. De tal modo, esses resultados, além de inéditos, confirmam um potencial contra bactérias Gram-positivas, caracterizando S. weinmanniifolia como promissora para o desenvolvimento de novos agentes com potenciais antibacterianos, bem como, elucidando a importância em conhecer e desenvolver pesquisas com as espécies vegetais presentes nos biomas brasileiros, como o cerrado.

Palavras-chave:
 Schinus weinmanniifolia, plantas medicinais, cerrado, atividade antibacteriana


Agência de fomento:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)